Diversas pesquisas apontam o aumento da procura por imóveis com destaque para os que oferecem maior possibilidade de lazer e alimentação em casa!
O Google apresentou uma pesquisa exclusiva com brasileiros que se mudaram recentemente ou estão à procura de uma nova casa, sinalizando a recuperação do mercado imobiliário. Segundo o presidente do Sistema Cofeci Creci, João Teodoro, este aquecimento do mercado está atrelado não só a mudança de comportamento, como também ao ambiente favorável criado pelo Governo Federal, e ao uso da tecnologia incorporado pelos Corretores de Imóveis em todo o Brasil.
Fatores como a queda na taxa básica de juros e as novas opções de financiamento mais atrativas também foram muito importantes. Com isso, aumentou a busca por imóveis na internet. O Google, segundo matéria da revista Exame, registrou o crescimento de 668% nas pesquisas por casas para alugar neste período marcado pelo confinamento. Segundo a empresa, o volume de pesquisas sobre o tema cresceu 39% em agosto.
Uma pesquisa da CBIC divulgada em maio mostrou que as vendas dos primeiros três meses deste ano registraram acréscimo de 26,7% na comparação com o mesmo período do ano passado. O levantamento foi feito em parceria com a Brian Inteligência Estratégica em 118 municípios do país.
As vendas on-line, que já se apresentavam como uma tendência importante para 2020 antes mesmo da pandemia, devem aumentar ainda mais após-crise. Os profissionais do segmento imobiliário devem usar cada vez mais a internet para prospectar clientes, gerar leads e fechar vendas. O consumidor dará preferência às empresas que têm uma plataforma digital, com agilidade na resolução de suas questões e problemas. Também se destacam aquelas que possuem integração com portais de anúncio e chatbots, que tornam o atendimento ainda mais prático.
Além das negociações é possível encaminhar documentações e concluir a assinatura de contratos de forma on-line. Até mesmo o registro imobiliário pode ser feito desta maneira. “Todas as modalidades virtuais tendem a crescer e serão mantidas mesmo diante de um ‘novo normal’ e aqueles que não estiverem preparados para utilizar estas ferramentas deverão perder espaço no mercado de trabalho”, afirma João Teodoro.
A casa própria continua sendo o sonho do brasileiro, mas outros fatores também influenciam na decisão de mudar de imóvel após a pandemia de coronavírus: muitas pessoas tiveram mais tempo para reavaliar de que maneira o imóvel atende as suas necessidades – seja pela inclusão de um novo cômodo para o trabalho em casa, a busca por imóveis em condomínios fechados longe dos grandes centros ou mesmo a falta de condições financeiras para seguir no imóvel. “Diferentes fatores e necessidades são um terreno fértil para as imobiliárias e corretores, que mesmo com as limitações de contato pessoal aderiram às vídeo conferências e soluções que mostram um imóvel por 360 graus (visão completa) para atender seus clientes”, destaca João Teodoro.
O imóvel também passou a ser uma opção segura de investimento e aumentou o número de investidores que procuram ter uma renda extra com o aluguel de imóveis —assim como ganhos de capital numa venda futura—, apresentando-se como uma das alternativas promissoras ao fim da era de retornos fáceis e seguros dos títulos públicos.
Um dos principais motivos para a estabilidade do setor é a queda da taxa Selic que, atualmente, atingiu o índice de 2% ao ano. Isso faz com que os financiamentos sejam facilitados e contribui para que as pessoas saiam em busca da casa própria ou de um investimento seguro e durável. Na prática, a Selic diminui o valor das prestações e muitas pessoas (das mais diversas faixas de renda) se sentem motivadas a financiar pelos sistemas financeiros de habitação.
Assim somando-se todos estes fatores ao desejo de morar bem, com segurança e mais qualidade de vida, o mercado imobiliário deverá manter esta trajetória de crescimento em 2021.
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